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5 lições de gestão, planejamento e liderança do livro “A Arte da Guerra” para aplicar ao seu negócio

Foto do escritor: Maria Eduarda VazMaria Eduarda Vaz

Foto: Unsplash

Você provavelmente já ouviu falar sobre o livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, quando pesquisou sobre livros de gestão, estratégia e liderança. Escrito há mais de 2 mil anos, “A Arte da Guerra” é um manual de estratégia militar composto por 13 capítulos que falam sobre estratégia, liderança, hierarquia, organização de tropas e outros tópicos indispensáveis a um exército. Mas por que ele continua sendo tão relevante até os dias de hoje?


As primeiras traduções para o Ocidente foram feitas há pouco mais de 200 anos e, ao longo do tempo, as lições deste manual foram reinterpretadas e aplicadas a diferentes contextos: desde práticas corporativas a treinamentos de equipes e até mesmo reality shows. Lembra do Diego Alemão, vencedor do BBB7? Ele leu o livro durante o confinamento.


Neste artigo, te apresentamos 5 lições valiosas da Arte da Guerra que podem ser adaptadas e aplicadas ao seu negócio. Vale ressaltar que existem diversas edições e traduções para o português. Algumas delas foram feitas com um propósito histórico, cujo objetivo é preservar os escritos e mantê-los fiéis ao seu significado literal, além de explicar o contexto histórico em que foram escritos originalmente.


Como nosso objetivo aqui é analisar as lições e aplicá-las ao ambiente de negócios, a edição que usamos de base para este artigo é a de capa dura, vermelha, publicada em 2018 pela editora Buzz (na arte abaixo). O texto foi traduzido diretamente do chinês e modernizado, o que faz desta edição a mais indicada para análise e aplicação das lições aos negócios.





LIÇÃO 1

“Liderança refere-se à sabedoria e ao talento do general ou líder, responsável por haver recompensa e punição justas, além de atenção e afago para os seus soldados. É também responsável pelos soldados serem valentes e decididos, seguindo uma disciplina militar rigorosa.” (pág. 22, capítulo I - A Avaliação)



O líder precisa oferecer apoio e condições favoráveis para que os subordinados consigam executar suas tarefas da melhor maneira possível. A liderança tem mais a ver com comportamento, trabalho em equipe, reconhecimento do esforço e do talento das pessoas do que outra coisa. Um bom líder não precisa ser necessariamente rigoroso. Um bom líder precisa ser firme, manter a disciplina, mas também precisa saber reconhecer e recompensar o trabalho da equipe quando necessário.





LIÇÃO 2

“Os generais são o suporte da nação. Países fortes têm estratégias fortes. Países fracos têm estratégias falhas. Há três situações em que o governante de um país pode destruir seu exército: ao ordenar que ele prossiga, sem saber que não pode prosseguir, ou ao ordenar que ele recue sem saber que ele não pode recuar, o que chamamos de ‘coação do exército’; ao interferir na gestão do exército sem saber a situação interna, o que deixará os soldados confusos; e ao interferir no comando da tropa sem saber a estratégia de organizar os soldados, o que deixará os soldados preocupados.” (pág. 39, capítulo III - A Vitória Perfeita)



Nesta lição, basta substituir algumas palavras: “generais” são os líderes diretos das equipes; “nação” e “países” são as empresas; “governante” é a diretoria/o dono/o acionista; “exército” é a equipe; “soldados” são os colaboradores. Pronto, agora leia de novo. É importante entender que cada peça tem sua função na engrenagem da empresa, e também que essas funções são complementares e precisam ser respeitadas. Empresas fortes têm estratégias fortes; e todos precisam seguir e colaborar para que essa estratégia dê certo.





LIÇÃO 3

“Aquele que souber usar diferentes táticas de acordo com o poder do exército, vencerá.” (pág. 40, capítulo III - A Vitória Perfeita)



Antes de traçar uma estratégia, é preciso analisar e entender quais são os pontos fortes e os pontos fracos do seu “exército”, ou seja, da sua equipe. Você precisa conhecer muito bem a sua equipe; os talentos, as fraquezas, as dificuldades, o que a equipe faz de melhor e onde é possível melhorar. A partir disso, você pode elaborar várias estratégias, campanhas e ações que valorizem e se beneficiem dos pontos fortes que vocês têm. As dificuldades e os pontos fracos podem e devem ser trabalhados, até mesmo para expandir as possibilidades e táticas a serem exploradas. Mas é importante entender que o “poder do exército” de cada um é diferente e, por isso, não adianta olhar para outra empresa e simplesmente tentar replicar o que foi feito por lá. Você precisa saber onde estão a força e o poder do seu negócio antes de qualquer coisa.





LIÇÃO 4

“Aquele que tem tropas unidas por um propósito, vencerá.” (pág. 40, capítulo III - A Vitória Perfeita)



Esta lição tem a ver com a missão, com o propósito e com a cultura organizacional da empresa. A escolha das pessoas que vão integrar a equipe deve ser assertiva, levando em consideração as habilidades técnicas, o perfil e a compatibilidade com a cultura da empresa e suas necessidades. A empresa precisa ser transparente e precisa praticar o que prega, principalmente se vende um produto ou serviço que tem o propósito de gerar uma grande transformação. Não adianta só ter um discurso bonito, é preciso colocá-lo em prática também. Pessoas apaixonadas, que se identificam com a mensagem e com a cultura da empresa, que acreditam na missão e no propósito do negócio, são as pessoas que vão levar o negócio para frente.





LIÇÃO 5

“Ao gerenciar o exército e planejar a estratégia, deve adaptar-se à situação do inimigo. Dessa forma, não há uma estratégia fixa de luta, assim como a água não tem forma fixa. Podemos chamar de estratégia perfeita a vitória de acordo com a mudança da situação do inimigo. A lei da gestão do exército é como um fenômeno natural, os elementos não predominam sempre da mesma forma. Ao invés disso, eles se intercalam. Em cada uma das quatro estações, o dia pode ser longo ou curto, a lua pode ser escura ou brilhante. Há mudança sempre.” (pág. 66, capítulo VI - O Direto e o Indireto)



Planejamento é importante, mas não é algo rígido, imutável. O planejamento precisa ser estratégico, mas adaptável às situações e circunstâncias. A liderança da empresa precisa estar atenta às mudanças e precisa saber quando adaptar o planejamento realizado ou até mesmo quando mudá-lo completamente.





MARIA EDUARDA VAZ

Empreendedora, pós-graduada (bolsista integral por desempenho acadêmico) em Gestão Empresarial e Marketing pela ESPM Rio, formada em jornalismo pela mesma instituição.

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